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METAVERSO E ARQUITETURA: UM NOVO MODELO DE MERCADO


Mark Zuckerberg está transformando uma das empresas mais populares e lucrativas do mundo em uma “Companhia do Metaverso”. Mas esta tendência não começou com ele.


Grandes empresas de jogos eletrônicos já exploram novas possibilidades de rentabilidade de universos parecidos com o Metaverso. No início deste ano, por exemplo, a Epic Games, empresa desenvolvedora de jogos digitais, desembolsou US $1 bilhão com o intuito de financiar a construção do Metaverso a longo prazo.


O grande aporte de recursos financeiros serve como indicativo de que o mercado digital está começando uma grande mudança. Nesse contexto, o desenvolvimento de novas tecnologias e o aprimoramento daquelas já existentes, como realidade virtual, inteligência artificial e IoT, é essencial para dar suporte ao metaverso em construção. E aqui está outra palavra importante: construção. Para o metaverso, a arquitetura e o design são tão importantes quanto o desenvolvimento de softwares.


Se estamos falando da construção de um novo ambiente — ainda que virtual —, empresas e profissionais de arquitetura e engenharia têm tudo a ver com o assunto. Sem dúvida, o conceito abre novas possibilidades para engenheiros, arquitetos e designers.


Por isso, preparamos esse conteúdo para explicar melhor o que é o metaverso e mostrar quais são suas possíveis aplicações. Acompanhe!


Mas, o que é o metaverso?


Se você pensou no filme Matrix, lançado em 1999, pensou certo. No filme, uma distopia, é retratada uma realidade em que humanos vivem aprisionados dentro de uma realidade virtual controlada por máquinas. A Matrix é, então, uma forma de ampliar o mundo real e nossas próprias vidas, oferecendo a possibilidade de novas experiências que não seriam possíveis na vida real – como voar ou ter uma força sobre-humana.


No Metaverso, o que está sendo desenvolvido e já traz muitas promessas, substituímos nossas experiências 2D por um novo mundo 3D cheio de potencial para mudar a forma como vivemos, nos relacionamos e como trabalhamos. O próprio nome “metaverso” revela o seu sentido. Do grego, metá tem significados como “além de” ou “entre”. Já verso faz referência a “universo”.


Esse foi um termo criado pelo autor Neal Stephenson no romance de ficção científica Snowcrash, de 1992. Na obra, ele relata algo muito parecido com o que vivemos atualmente.


Por que o metaverso é importante na arquitetura?


Se no mundo real a arquitetura é uma das principais responsáveis por dar forma e materialidade à nossa vida, no metaverso ela também desempenha esse papel. Assim, os espaços virtuais precisam de um arquiteto, alguém que pense os lugares desse novo universo e os projete.


Indo além, o contexto atual de pandemia produziu uma aceleração da migração da economia real para a digital. Criptomoedas, transmissão de dados, contratos, assinaturas, enfim, procedimentos antes realizados somente no formato impresso e real, agora são realizados por meio de dados.


Diversas possibilidades se abrem para os arquitetos com o metaverso, como a criação de projetos virtuais (Projeto: Anderson Alves)


Sendo uma espécie de realidade paralela, o metaverso apresenta praticamente todas as possibilidades do mundo físico, mas pode ir além. Nesse cenário, as empresas devem demandar mão de obra qualificada para erguer esse novo universo e seus novos modelos de negócio.


E é aí que entram os arquitetos. A expectativa é de que haja cada vez mais casas, condomínios, shoppings e outros ambientes virtuais projetados por profissionais de arquitetura.


Além disso, haverá a necessidade de espaços físicos adequados para que seja possível e seguro usar óculos, luvas e demais acessórios que deem acesso ao metaverso.


Arquitetura e o interesse por ativos digitais.


Arquitetura e tecnologia Itens digitais constituem atualmente um mercado de bilhões de dólares, no qual cada criação digital é certificada e rastreada como única, garantindo o seu valor de venda por meio de tecnologias como blockchain e NFT (non-fungible token, no original em inglês, traduzido como token não fungível no português).


Essencialmente, as tecnologias que garantem a integridade e o valor dos ativos digitais é a criptografia, ou seja, a transformação das informações e dados em um código que precisa ser gerado em uma ponta e traduzido em outra. Na experiência real, a criptografia e as tecnologias relacionadas já tornaram possível, por exemplo, a realização de leilões em que o item a venda era um meme – aquelas imagens produzidas exclusivamente na internet e que já começam a ganhar status de arte.


Nos ambientes virtuais, por sua vez, pessoas reais exibem suas coleções de itens digitais, visitam marcos arquitetônicos, participam de eventos e vivem uma vida completa por meio de um avatar. Algo promovido, por exemplo, por jogos como The Sims e Second Life.


Associando as duas informações, é possível pensar em projetos arquitetônicos produzidos e comercializados dentro de espaços virtuais ou destinados a eles, por meio de leilões utilizando os NFT. Ou seja, arquitetos e designers podem criar ativos digitais como edificações, esculturas, móveis, texturas, cidades inteiras e os vender inúmeras vezes para diferentes mundos virtuais – e clientes virtuais.


Como os arquitetos criam o Metaverso?


Programas de modelagem digital ou de desenho arquitetônico circulam no mercado desde antes de o metaverso ganhar forças. São programas como CAD e BIM que permitem testar os projetos antes de serem executados.


Qual a diferença, então, de projetar para o metaverso? Nesse caso, a ideia não é tornar real o projeto realizado em softwares, mas mantê-lo virtual e acessível aos usuários e pessoas do metaverso.


É de se pensar, então, que alguns parâmetros (e porque não limites) da construção civil possam ser superados. O que você pensa sobre a imersão da arquitetura no Metaverso? Com esse universo se expandindo constantemente, a atuação do arquiteto pode cruzar a linha dos programadores de jogos, designers e vice-versa? Nos conte nos comentários, vamos conversar!

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