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3 DICAS PARA UMA ÓTIMA ACÚSTICA EM AMBIENTES CORPORATIVOS

Já sentiu como a acústica da empresa influencia na produtividade?


Muitos de nós passamos grande parte de nossas horas no trabalho. Porém, raramente pensamos sobre como o ambiente em que trabalhamos pode afetar nossa qualidade de vida.


Muitas pessoas ainda não sabem que a maior causa de queda de desempenho em escritórios é o desconforto acústico. O incômodo ao ruído não apenas interfere na concentração, como também, apresenta efeitos negativos comprovados na saúde humana.


Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Saúde e Segurança do Trabalho, na França, mostrou que trabalhar o dia todo exposto a conversas paralelas e inteligíveis pode gerar cansaço, stress e efeitos nefastos nos sistemas nervoso, cardiovascular e digestivo.


Ambientes de trabalho acusticamente agradáveis são essenciais para saúde e bem-estar dos funcionários além de resultarem em ganhos na produtividade e mais qualidade de vida.

Neste artigo iremos apresentar 3 dicas práticas e úteis para serem aplicadas em seu ambiente de trabalho a fim de obter o melhor e mais saudável conforto acústico.


1. CONHEÇA AS CARACTERÍSTICAS DO SEU AMBIENTE DE TRABALHO


Podemos, inicialmente, relacionar alguns dos problemas de ruído em espaços corporativos conhecendo o tipo de layout do escritório.


Escritórios com layout celular, por exemplo, são geralmente utilizados por empresas que necessitam de maiores níveis de privacidade. Ambiente assim são caracterizados por espaços individualizados, que não se “misturam”. Neste tipo de configuração, são utilizadas divisórias e portas que favorecem o isolamento sonoro entre os ambientes do escritório, sobretudo, se os sistemas utilizados apresentarem bom desempenho acústico.


Escritórios panorâmicos apresentam uma configuração espacial menos rígida quando comparada ao layout celular, sendo considerado pela arquitetura corporativa um tipo de layout entre o celular e o open space. Neste tipo de configuração, há uma maior valorização do trabalho em grupo, sem abrir mão da privacidade e divisão hierárquica.


As inovações nas formas de trabalhar resultaram em novas configurações espaciais e tipos de layout como o modelo de planta livre, ou open space. Este tipo de layout consiste em uma configuração sem paredes, privilegiando o contato entre os funcionários e a flexibilidade dos espaços. No entanto, do ponto de vista do conforto acústico, podem ocorrer prejuízos no que diz respeito à: privacidade, inteligibilidade da fala e a capacidade de concentração, quanto mais livre e integrado o layout do escritório.


Fonte: https://www.officelovin.com/2015/04/06/take-look-inside-prezis-san-francisco-office/gensler-office-prezi-6/


2. AS RECOMENDAÇÕES NORMATIVAS PARA A ACÚSTICA DE ESCRITÓRIOS


No Brasil não existe uma norma específica de acústica para escritórios. Os critérios utilizados são da ABNT NBR 10152, para níveis sonoros internos de edificações conforme o uso.


Existem normas internacionais que podem ser utilizadas como parâmetro para caracterização do tempo de reverberação em escritórios, como a norma alemã VDI 2569, intitulada Schallschutz und Akustische Gestaltung im Bϋro (Controle de ruído e tratamento acústico em escritórios). Publicada em 1990).

Outras normas internacionais podem ser utilizadas para análise da qualidade acústica de escritórios, como a parte 3 da norma ISO 3382 (Medição de parâmetros de acústica de salas – Parte 3: Escritórios de planta livre). Publicada em 2012, esta norma especifica métodos para medição das propriedades acústicas de ambientes de escritórios com planta livre (open plan offices). Além do procedimento de medição, a norma define os equipamentos necessários para a medição, o método para avaliação dos dados e a elaboração do relatório de ensaio.


Na França, a norma NF S 31-080 “Bureaux et espaces associés” trata da qualidade acústica de escritórios e espaços similares, como escritórios individuais e coletivos, escritórios open space, salas de reunião, espaços de lazer, restaurantes empresariais e circulação. Até a publicação da NF S 31-080, em 2006, não existiam parâmetros normativos definidores da qualidade acústica de ambientes de trabalho. Este assunto era abordado em função de critérios quantitativos, ou seja, considerando apenas os riscos de perda de audição, e não qualitativos. O ruído em ambientes de trabalho pode provocar fadiga, estresse e influenciar na concentração dos funcionários. A norma Francesa estabelece critérios mínimos, intermediários e superiores de desempenho acústico para escritórios, em função da finalidade de uso dos espaços.


Tendo em vista a ausência de parâmetros normativos que tratem especificamente da qualidade acústica de ambientes corporativos no Brasil, estas e outras normas internacionais podem amparar o projeto acústico de ambientes com esta finalidade de uso.


3. SOLUÇÕES ACÚSTICAS


A acústica de um escritório pode ser tratada a partir de sistemas de isolamento vibro-acústico, com soluções para o isolamento de transmissões diretas e indiretas, além do isolamento ao ruído e vibrações de máquinas e equipamentos, e instalações hidráulicas, que se apresentam como problemas frequentes. Também deve ser tratada a partir do equilíbrio das superfícies de reflexão e absorção, com indicações de materiais de revestimento adequados.


Divisórias


Raros são os escritórios que não possuem divisórias para definir ambientes e, consequentemente, garantir um local de trabalho sem ruídos. Esse importante mercado faz com que exista uma grande variedade de modelos de divisórias, de diversas tecnologias, materiais, padrões de qualidade, acabamentos e preços, para atender a todo tipo de cliente. Essa diversidade também se reflete no potencial de isolamento acústico das divisórias para escritório, um dos fatores críticos da especificação desse produto, sobretudo quando se trata de modelos de alto padrão. Um dos melhores modelos para proporcionar isolamento acústico é o tipo piso-teto, que, como o nome indica, vai do chão até o teto. Essas divisórias são esteticamente agradáveis e as melhores para garantir privacidade para conversas em escritórios comerciais.


Dentro desta categoria, há vários parâmetros que influenciam na capacidade de isolamento acústico da divisória para escritório. Por isso, selecionamos alguns para você ficar atento na hora de escolher a sua:


– Densidade superficial: quanto maior a densidade superficial da divisória (isto é, quanto maior sua massa por metro quadrado), maior tenderá a ser sua isolação sonora. Em outras palavras, a escolha de painéis mais pesados e perfis mais espessos resulta em divisórias mais isolantes. Frestas e aberturas podem prejudicar drasticamente este efeito.


– Tecnologia: o desenvolvimento de perfis metálicos e demais acessórios que previnam frestas e dificultem a transmissão sonora melhoram o desempenho acústico da divisória sem necessariamente aumentar seu custo ou sua densidade superficial.


– Preenchimento: a utilização de mantas ou painéis de materiais absorventes acústicos (como lã de rocha ou lã de vidro) dispostos no vão entre os painéis de uma divisória possibilita um ganho no Índice Ponderado de Redução Sonora (Rw).

– Vedação: a utilização de guarnições de borracha de boa qualidade ou a aplicação de materiais como silicone líquido, reforçando a vedação do encontro da divisória com a alvenaria ou entre os painéis e os perfis estruturais da divisória, evitam frestas e aberturas que podem comprometer seriamente o desempenho acústico.


– Septo: na maioria dos edifícios comerciais, a divisória para escritório é instalada até a altura do forro suspenso, sobre o qual há um vão utilizado para a passagem de instalações prediais e para o retorno de ar do sistema de ar-condicionado. Visto que geralmente a isolação sonora do forro suspenso é inferior à isolação da divisória, deve-se construir um septo sobre a divisória para evitar a propagação sonora.


– Qualidade na montagem: trata-se de um dos principais parâmetros para assegurar o desempenho acústico de uma divisória para escritório. Boas divisórias podem ter sua isolação sonora bruscamente reduzida por falhas e descuidos durante sua instalação, principalmente no que diz respeito a falhas de vedação entre os painéis e a estrutura, à vedação junto a paredes e forros e à instalação de portas.


Disponível em: https://www.ampladivisorias.com.br/empresa-automobilistica. Acesso em: 25 de outubro de 2022


Forros e Revestimentos


Forros e carpetes são indispensáveis para o condicionamento acústico do ambiente, promovendo a redução de ruído. Isso acontece por conta da capacidade de absorção sonora desses elementos.


Existem diversas opções de forros acústicos no mercado entre eles os forros minerais, forros de madeira, espumas acústicas, forros metálicos, entre outros. Os forros são escolhidos pelo índice de absorção sonora NRC (Noise Reduction Coeficient). Cada ambiente corporativo, seja um escritório panorâmico ou uma sala de reunião, requer um forro com determinada absorção sonora em função de atividade, acabamentos, formato geométrico, entre outros detalhes avaliados pelo projeto de acústica.


É importante que a especificação do forro contemple propriedades acústicas de absorção/reflexão adequada ao local, e que a transmissão sonora seja impedida ou atenuada por divisórias de piso a laje de teto, com isolamento adequado na passagem de instalações no entre forro.


Disponível em: https://www.ampladivisorias.com.br/newpage. Acesso em: 25 de outubro de 2022


Mascaramento artificial do som


O mascaramento sonoro nada mais é do que o procedimento de acrescentar um som ambiente de baixo nível e não invasivo, especificamente para ajudar a confidencialidade e diminuir distrações ao reduzir a nitidez da fala, deixando o local acústico mais agradável. Ele simula esse acontecimento de uma maneira sofisticada e efetiva. Ao acrescentar som ambiente (como um som profissionalmente produzido, imitando a água ou vento), você auxilia a disfarçar demais ruídos no local, evitando distrações a partir de uma maior confidencialidade do espaço.


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[1] REICH, M.; PASSERO, C.; ZANNIN, P. O Conforto Acústico em Escritórios Panorâmicos, Estudo de Caso em um Escritório Real, 2009.

[2] HONGISTO, V.; KERANEN, J.; LARM, P. Simple Model for Acoustical Design of Open-Plan Offices. Acta Acustica, Gent, Belgica, v. 90, n. 3, p. 481-495, maio/jun. 2004.

[3] FREYMUTH, H. et al. Lehrbuch der Bauphysik. 5. ed. Stuttgart: B. G. Teubner, 2002.

 
 
 

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